31 março 2016

To find peace...






To find peace, sometimes you have to be willing to lose your connection with people, places and things that all create noise in your life!!

E por vezes o ruído é ensurdecedor...

28 março 2016

O dom de ser mulher depois dos quarenta....




Quantos anos tenho?

Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.

Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.

Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada.

E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.

Quantos anos tenho?

Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas…

Valem muito mais que isso

O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!

O que importa é a idade que sinto.

Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos.

Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.

Quantos anos tenho? Isso a quem importa?

Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto.

Por José Saramago

Medo, mudança e escolhas...










Todos os dias, o ser humano é inserido num fluxo contínuo de escolhas. 



“Mesmo quem julga que não escolhe, já está a escolher: escolhe não escolher.
Muitas são as pessoas que, em vez de assumir a responsabilidade de escolher e de tomar nas suas mãos a sua própria vida, preferem delegar noutros as suas escolhas.
Mas, ao fazerem assim, não vivem.
Creem que, ao não escolher, encontram a tranquilidade; mas, na realidade, morrem.
Creio que este é o mais grave pecado de um ser humano.
Vir à terra e não viver.
A mais terrível blasfémia.
Não realizar a sua tarefa.
Escolhe! Não adies para amanhã!
As coisas fazem-se ou não se fazem!
Se não se fazem, não são feitas; não adiadas.
É preciso viver a vida; não deixar-se viver pela vida.”


Valerio Albisetti, in Felizes apesar de tudo, ed. Paulinas


Sim tenho medo de mudar. Tenho medo de escolher. Mas decidi não deixar o medo impedir-me de viver!

26 março 2016

Acho que deixei de ser preguiçosa...




"Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer."

Mia Couto

Sinceramente não sei se concordo. Penso que dá muito mais trabalho ser feliz. É preciso manter a felicidade e não deixar que nos fuja. É preciso cativar a razão da nossa felicidade todos os momentos. E isso sim parece dar trabalho. Ser infeliz, ou pelo menos não ser feliz, será no mínimo a ausência de qualquer esforço para ser feliz.

24 março 2016

Delirios

Porque escrevemos?
Tenho - me interrogado sobre o que leva as pessoas a escrever para o público.
Cada vez mais me convenço que é por mera aceitação.
Pela urgente necessidade de ser aceite como um igual. Como um par nesta sociedade.
Não sei se serve de muito. Pelo menos para mim. Não gosto de ser igual. E a diferença incomoda. Perturba. Mas perturba - me mais a necessidade...
Enfim.
Delirios de quem só quer ser diferente

06 março 2016

A mamã só está cansada.



"Eram 19h30. Final de dia.
3 crianças falavam ao mesmo tempo querendo a atenção da sua mãe.
 Uma não queria ir tomar banho. Outra queria ajuda nos trabalhos de casa. A outra queria contar como foi o seu dia de escola.
 A mãe sentia-se um verdadeiro extintor de apagar fogos.
 Enquanto preparava o jantar, fez uma máquina de roupa, ajudava a do meio nos Tpc's, convencia a mais nova a se despir para o banho e ainda tinha espaço para ouvir os relatos da mais velha.
 No meio deste alvoroço, já eram 20h30. Lembrou-se do jantar ao lume.
 Queimou. (Agora sim, quase precisou de extintor.)
 Ficou uns minutos sem reação.
 As crianças continuavam no seu registo.
 O "extintor" explodiu.
 A mãe levantou a voz. E gritou.
 "Calem-se por favor!! Já nem consigo pensar." gritava esbaforida.
 De repente, olha para a face das 3 crianças.
 Imóveis. Perplexas.
 A mãe velha perguntou: "Mamã, estás bem?"
 A mãe "extintor" desabou em lágrimas.
 Pediu desculpa às 3 crianças.
 "Hoje o meu dia tem sido tão duro. O carro avariou, cheguei atrasada ao trabalho, não almocei, fui buscar-vos à escola mais tarde do que o normal, o papá está fora há 5 dias... estou cansada, filhas. A mamã está cansada, só isso. Desculpem ter gritado. Não era para vocês este grito. Era para mim. Para eu parar."

 As 3 crianças abraçaram-na.
 Forte. Bem forte.
 A mais velha foi dar banho à mais pequena. A do meio fez os Tpc's sozinha e pediu para depois a mãe ver. A mãe preparou outra refeição rápida.
 Jantaram tranquilamente.
 Ainda no aconchego do beijo de boa noite, a mãe ouviu com atenção a partilha da filha mais velha sobre a escola.
 Dormiram.
 No dia seguinte, a mãe acordou mais cedo.
 Como prometido foi ver os Tpc's da filha do meio.
 No meio das contas de matemática, estava um papelinho que dizia:
 "Adoro-te mamã."

 Esta mãe estava só cansada.
 Esta mãe sou eu.
 Esta mãe és tu também.
 E está tudo bem."

Autor desconhecido