21 dezembro 2016

Estamos aqui de passagem.


"Aprendi que Amores eternos podem acabar em uma noite.
Que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos.
Que o amor sozinho não tem a força que imaginei.
Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno.
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos.
Que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram.
Que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba. Que minha família com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso.
Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de Mãe desde que o mundo é mundo.
Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo.
Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido TUDO."
Estamos aqui de passagem..

William Shakespeare

20 dezembro 2016

Eliminei-te!!!


Eliminei-te.

Apaguei-te dos meus registos. Foste sobrevivendo debaixo das lágrimas que só os meus olhos poderiam largar.
     
Ainda assim tive o cuidado de te avisar “terminou, já não estou cá” em vez de um “vai à merda, sim!”. O respeito é algo que gosto de manter – por mim. Sim, sim. Já me tinhas dito que não estavas capaz. Entender não significa aceitar. Não aceito os teus desperdícios. Não quero as tuas sobras, ainda que sejam o que restam de ti.
     
O meu sentimento tornou-se um defunto vivo ainda mais extinto que a tua alma.
     
Que raio de amor é esse que tenta sobreviver na sombra da tua fraqueza acesa?
       
A minha realidade não encaixa e nem a ilusão te dá vida em mim. Tenho a certeza que o fiz honradamente. Tenho a certeza que o fiz tal como gostaria que o fizessem comigo. Foi bom saber que mereço mais do que os restos das sobras de alguém.
Foi bom ter-te gastado em mim.
Estimo-te longe.
Estimo-te bem, tá?

É pena..... Não ser verdade....

14 dezembro 2016

Eu tive esse amor.... Tive e deixei-o partir....


Eu tive esse amor que tudo consome. O amor do tipo “eu não posso acreditar que isto existe no mundo físico.”


NEM Sempre FICAMOS COM OS AMORES DAS NOSSAS VIDAS


Eu acredito em grandes amores.

Mas falo e namoro como se não acreditasse.

Eu não tenho expectativas fúteis para o romance. Eu não estou à espera de sentir aquela sensação estranha de estar a flutuar. Eu sou um daqueles indivíduos raros, talvez um pouco cansados, que realmente gosta deste ambiente atual de conexão entre as pessoas e é feliz por viver numa época em que a monogamia não é necessariamente a norma.

Mas eu acredito em grandes amores, porque já tive um.

Eu tive esse amor que tudo consome. O amor do tipo “eu não posso acreditar que isto existe no mundo físico.”

O tipo de amor que irrompe como um incêndio incontrolável e então se torna brasa que queima em silêncio, confortavelmente, durante anos. O tipo de amor que escreve romances e sinfonias. O tipo de amor que ensina mais do que tu pensaste que poderias aprender, e dá de volta infinitamente mais do que recebe.

É amor do tipo “amor da tua vida”.

E eu acredito que funciona assim:

Se tu tiveres sorte, conhecerás o amor da tua vida. Tu estarás com ele, aprenderás com ele, darás tudo de ti a ele e permitirás que a sua influência te mude em medidas insondáveis. É uma experiência como nenhuma outra.

Mas aqui está o que os contos de fadas não te vão dizer – às vezes encontramos os amores das nossas vidas, mas não conseguimos mantê-los.

Nós não chegamos a casar-nos com eles, nem passamos anos ao lado deles, nem seguraremos as suas mãos nos seus leitos de morte depois de uma vida bem vivida juntos.

Nós nem sempre conseguimos ficar com os amores da nossa vida, porque no mundo real, o amor não conquista tudo. Ele não resolve as diferenças irreparáveis, não triunfa sobre a doença, ele não preenche fendas religiosas e nem nos salva de nós mesmos quando estamos perdidos.

Nós nem sempre chegamos a ficar com os amores das nossas vidas, porque às vezes o amor não é tudo o que existe. Às vezes tu queres uma casa num pequeno país com três filhos e ele quer uma carreira movimentada na cidade. Às vezes tu tens um mundo inteiro para explorar e ele tem medo de se aventurar fora do seu quintal. Às vezes tu tens sonhos maiores do que os do outro.

Às vezes, a maior atitude de amor que tu podes ter é simplesmente deixar o outro ir.

Outras vezes, tu não tens escolha.

Mas aqui está outra coisa que não te vão contar sobre encontrar o amor da tua vida: não viveres toda a tua vida ao lado dele não desqualifica o seu significado.

Algumas pessoas podem amar-te mais em um ano do que outras poderiam te amar em cinquenta anos. Algumas pessoas podem ensinar-te mais em um único dia do que outras durante toda a sua vida.

Algumas pessoas entram nas nossas vidas apenas por um determinado período de tempo, mas causam um impacto que mais ninguém pode igualar ou substituir.

E quem somos nós para chamar essas pessoas de algo que não seja “amores das nossas vidas”?

Quem somos nós para minimizar a sua importância, para reescrever as suas memórias, para alterar as formas em que nos mudaram para melhor, simplesmente porque os nossos caminhos divergiram? Quem somos nós para decidir que precisamos desesperadamente substituí-los – encontrar um amor maior, melhor, mais forte, mais apaixonado que pode durar por toda a vida?

Talvez nós devêssemos simplesmente ser gratos por termos encontrado essas pessoas.

Por termos chegado a amá-las. Por termos aprendido com elas. Pelas nossas vidas se terem expandido e florescido como resultado de tê-las conhecido.

Encontrar e deixar o amor da tua vida não tem que ser a tragédia da tua vida.

Deixá-lo pode ser a tua maior bênção.

Afinal, algumas pessoas nunca chegam sequer a encontrá-lo.

11 dezembro 2016

Amor....





CLARICE LISPECTOR

10/12/1920 (Ucrânia) - 9/12/1977 (Brasil)

JÁ ESCONDI UM AMOR COM MEDO DE PERDÊ- LO

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

03 dezembro 2016

Esta noite sonhei contigo...

Esta noite sonhei contigo.
É estranho. Eu não sonho....
Ou talvez sonhe. Mas nunca me recordo do que sonho.
Esta noite sonhei contigo e quando acordei lembrei me. Eras mesmo tu. O que também não deixa de ser estranho.
Estranho foi também o sonho.
Muito estranho.
Estavas a dormir no carro e tinhas um bebé. Um bebé pequeno, contigo a dormir no carro.
Não me recordo como fui lá parar. Era noite e vocês dormiam.
Voltei na noite seguinte e vocês estavam no mesmo sítio.
Foi estranho. Em vários aspectos.
Eu sei que os sonhos não são para ser entendidos. São coisas aleatórias que o nosso subconsciente junta.
Está a fazer um ano que começou o fim....
O bebé de que falámos mas nunca aconteceu....
Sei lá....
Pode ser tudo isso. Pode não ser nada.
Enfim...
Foi um sonho estranho. Isso eu sei!